A modernização do Cadastro Único (CadÚnico) lançada em março deste ano e anunciada como um avanço tecnológico para os programas sociais do Governo Federal, vem causando sérios transtornos em diversos municípios brasileiros aos beneficiários de programas sociais.
Beneficiários relatam dificuldades para atualizar os dados, agendar atendimentos e até mesmo manter o recebimento do Bolsa Família. Com isso, famílias de baixa renda estão sendo prejudicadas e perdendo o o a benefícios essenciais por conta de falhas operacionais no atendimento.
Mudanças no sistema e problemas 3y4e4d
Desde que a Lei nº 14.534/2023 entrou em vigor, o F ou a ocupar o papel central na identificação dos cidadãos registrados no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Com isso, o F assume agora o lugar do Número de Identificação Social (NIS) como dado principal de referência nas consultas e registros do sistema.
Embora o NIS ainda continue existindo, sua emissão tem enfrentado atrasos, o que também impacta a liberação de benefícios para os recém-cadastrados.
Além disso, os procedimentos de cadastro e atualização exigem agora documentos oficiais com foto de todos os membros da família, o que ampliou o volume de informações a serem analisadas e contribuiu para a lentidão no atendimento.
Um caso emblemático vem de Juazeiro, na Bahia. Uma moradora recém-chegada ao município denuncia que tenta, desde fevereiro, transferir seu Bolsa Família, sem sucesso. "Já fui ao local várias vezes e eles dizem que só posso ser atendida se agendar pelo site. Desde meia-noite estou tentando marcar e não tem vaga", contou.
A Secretaria de Desenvolvimento Social, Diversidade, Igualdade Racial e Combate à Fome (SEDES) do município afirmou, em nota, que os agendamentos são liberados apenas duas vezes ao mês e que, em abril, a primeira abertura de vagas ocorreu no dia 14, com 1.200 vagas esgotadas rapidamente.
O próximo agendamento está previsto para o dia 30. Segundo a SEDES, moradores que não conseguem agendar online podem procurar atendimento presencial na sede do CadÚnico local, onde houve ampliação do horário de funcionamento até às 17h.
Já em Londrina, no Paraná, moradores relatam um verdadeiro caos no atendimento do CadÚnico. "Dizem que não tem gente para nos atender e nem sabem quando a agenda será reaberta", relatou uma cidadã em entrevista ao blog local. Famílias que não mantêm seu cadastro atualizado estão sendo excluídas de importantes programas sociais, como o Bolsa Família, a Tarifa Social de Energia Elétrica e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
A ausência de estrutura e de funcionários suficientes é apontada como o principal motivo para a crise no atendimento. As famílias têm se dirigido aos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) sem qualquer garantia de atendimento.
Atualização cadastral continua obrigatória 6f6z2b
Mesmo com o novo sistema, continua valendo a regra de atualização cadastral obrigatória a cada 24 meses ou sempre que houver mudança nas informações da família — como endereço, composição familiar ou renda. O não cumprimento desse prazo pode levar ao bloqueio ou cancelamento do Bolsa Família.
Com a modernização, as famílias estão sendo convocadas para atualizar o cadastro entre 18 e 24 meses após a última atualização, conforme determina a nova Lei nº 15.077/2024. A exigência tem gerado um aumento no fluxo de pessoas buscando atendimento, sem que os municípios estejam preparados para atender à demanda.
Inscrição e atualização ainda exigem atendimento presencial 2s1t2g
Apesar dos avanços tecnológicos prometidos, o novo CadÚnico ainda exige que a inscrição e a atualização dos dados sejam feitas presencialmente por um entrevistador social. Em áreas rurais ou comunidades isoladas, as equipes podem realizar a coleta de dados em tablets ou formulários offline, mas esses dados ainda precisam ser processados e enviados para a base nacional.
Não há, até o momento, uma plataforma oficial para realização de cadastros ou atualizações diretamente pelo celular ou internet, o que limita o o de muitas famílias e sobrecarrega os postos de atendimento presenciais.
Governo promete mais segurança 33n2e
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (MDS), o novo sistema do CadÚnico é mais seguro e integrado, com cruzamento de dados com outras bases do governo federal. A meta é combater fraudes e garantir que os benefícios cheguem a quem realmente precisa.
A plataforma agora conta com:
- Verificação automática de F;
- Monitoramento da renda declarada com dados da Receita Federal;
- Integração com bancos de dados da Previdência, Justiça Eleitoral e Carteira de Trabalho Digital;
- Auditorias e fiscalizações mais frequentes.
Apesar disso, o impacto das mudanças tem sido negativo para muitas famílias em situação de vulnerabilidade, que relatam ter sido excluídas do sistema por erros técnicos ou falta de atualização.
O que fazer se não conseguir atendimento? 5v1b6
O MDS orienta que as famílias busquem os CRAS e unidades do CadÚnico mesmo que não consigam agendamento online. Algumas prefeituras estão adotando medidas alternativas, como atendimento por ordem de chegada ou distribuição de senhas presenciais, especialmente em casos urgentes.
A recomendação é que o cidadão:
- Compareça ao posto de atendimento com todos os documentos exigidos (F, RG, certidão de nascimento, comprovante de residência);
- Explique a situação ao atendente e peça registro da tentativa de atendimento;
- Acompanhe os canais oficiais do município para verificar abertura de vagas online;
- Em casos de benefício bloqueado, acione a Defensoria Pública ou o Ministério Público para garantir o o ao Bolsa Família.
Quais os problemas enfrentados pelos beneficiários com o novo CadÚnico? s6p13
Beneficiários relatam dificuldades para atualizar seus dados, agendar atendimentos e até mesmo manter o recebimento do Bolsa Família. Com isso, famílias de baixa renda estão sendo prejudicadas e perdendo o o a benefícios essenciais por conta de falhas operacionais no atendimento.
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